Gastronomia Brasileira: sabores que unem o Rio e o Espírito Santo

Sabores que unem o Rio e o Espírito Santo

No dia 9 de outubro, a turma do curso de Gastronomia do IFFar teve mais uma aula de dar água na boca, conduzida pela professora Giovanna Vincenti. O tema foi Gastronomia Brasileira – Regiões Sudeste (RJ e ES), um mergulho saboroso nas tradições e nas histórias que moldam a culinária de dois estados onde o mar, o calor e os temperos fazem parte da alma do povo.

Na bancada, o cardápio foi um verdadeiro banquete de cores e aromas: Moqueca Capixaba, Torta Capixaba, Camarão com Chuchu, Sopa Leão Veloso, Feijoada Completa, Filé Osvaldo Aranha, Bolinho de Bacalhau e o doce tradicional Manuê de Bacia — o famoso bolo de melado. Cada prato trouxe uma característica única, mostrando a riqueza e a diversidade da gastronomia regional.

A Moqueca Capixaba, leve e perfumada, encantou pela combinação do peixe fresco, tomate, cebola, coentro e azeite, cozidos lentamente na panela de barro — sem leite de coco, como manda a tradição capixaba. A Torta Capixaba, feita com bacalhau, siri, camarão e palmito, mostrou a sofisticação das festas da Semana Santa, com seu visual dourado e sabor intenso.

Do lado fluminense, o Camarão com Chuchu revelou o equilíbrio entre o simples e o elegante, enquanto o Picadinho de Carne trouxe o sabor caseiro e o conforto de um almoço de domingo. E foi impossível não se encantar com a clássica Sopa Leão Veloso, um prato cheio de história, criado por um diplomata apaixonado por sabores do mar. Feita com peixe, camarão, lula, polvo, mexilhões e siri, a sopa impressionou pela harmonia entre o caldo rico, o toque de colorau e o perfume fresco do coentro — um verdadeiro luxo à moda carioca.

A tradicional Feijoada Carioca, com suas carnes defumadas e acompanhamentos perfeitos — farofa, couve e laranja —, foi o grande destaque da aula, representando a hospitalidade e a alegria do Rio. Para fechar com chave de ouro, não faltaram os ícones que conquistam paladares há gerações: o Bolinho de Bacalhau, crocante e delicado; o Filé Osvaldo Aranha, com alho dourado e farofa amanteigada; e o Manuê de Bacia, um bolo úmido e aromático, feito com melado de cana e farinhas, que trouxe o sabor doce da memória afetiva brasileira.


Entre panelas, histórias e temperos, a aula se transformou em uma verdadeira celebração da identidade culinária do Sudeste, mostrando que gastronomia é mais do que técnica — é cultura, é afeto e é memória servida em cada prato. E, claro, o encerramento foi com o momento mais esperado: a degustação coletiva, porque provar faz parte do aprendizado (e ninguém por ali parecia reclamar dessa parte!).

 

 

 



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