Diagrama Visual - Mapa Conceitual – Bases de Cozinha

 Mapa Conceitual Bases de Cozinha

Luciana W. Krause - Técnicas e Bases das Produções Culinárias (2015) 

         Diagrama Visual: Mapa Conceitual – Bases de Cozinha é uma ferramenta educacional concebida para organizar e facilitar a compreensão de conhecimentos fundamentais no campo da gastronomia, que envolve uma vasta quantidade de saberes interconectados. Este mapa, atualizado por L. Falcão, é uma adaptação baseada no modelo original de Luciana W. Krause, presente em seu livro "Técnicas e Bases das Produções Culinárias (2015)".

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            Estruturado em seções temáticas distintas, cada qual identificada por uma cor específica, ele facilita a localização e a associação de ideias. A organização interna de cada uma dessas seções segue uma estrutura hierárquica clara, permitindo ao usuário navegar pelo conteúdo em diferentes níveis de profundidade, partindo de conceitos mais amplos para os detalhes mais específicos. Em vez de decorar listas, o estudante visualiza como cada elemento se encaixa no panorama geral. Assim, o mapa serve como um guia visual abrangente, ideal para estudantes e profissionais que buscam solidificar sua compreensão das bases culinárias, conectando a teoria à prática de forma lógica e intuitiva.

            Para facilitar a localização e a compreensão, o mapa conceitual é dividido em seções temáticas, cada uma representada por sua cor correspondente. A organização interna de cada seção segue uma estrutura hierárquica de seis níveis, visualmente demarcada por símbolos progressivos. Essa progressão simbólica reflete o movimento do centro do mapa para suas extremidades, aprofundando o conteúdo.

Nível 1 - Nível 2 - ⦿ Nível 3 - ● Nível 4 - o Nível 5 - ■ Nível 6


BASES DE COZINHA

            Em gastronomia, as Bases de Cozinha (como está no centro do mapa conceitual) representam os pilares fundamentais e as técnicas essenciais sobre as quais se constrói a vasta maioria das preparações culinárias. São os conhecimentos e as habilidades técnicas que sustentam a produção de caldos, fundos, molhos, sopas, espessantes, emulsões, reduções e métodos de cocção, sendo indispensáveis para a estruturação do sabor, da textura e da apresentação dos pratos. Essas bases permitem o domínio da cozinha clássica e contemporânea, garantindo consistência, eficiência e qualidade na execução das receitas. Ao compreender as bases, o profissional é capaz de criar, adaptar ou aperfeiçoar pratos com fundamentos sólidos e técnica apurada, promovendo a identidade e a excelência gastronômica.

 

SEÇÃO AMARELA: TÉCNICAS CULINÁRIAS

Ø Técnicas Culinárias: Métodos, habilidades e procedimentos aplicados aos alimentos para sua transformação e cocção, influenciando diretamente sabor, textura e apresentação. Na gastronomia, são o "como fazer", essenciais para o controle do resultado final. Seu objetivo é capacitar profissionais a aplicar técnicas com precisão, criatividade e eficiência, contribuindo para a excelência na elaboração de preparações gastronômicas.

 

v  Manteiga Clarificada: Manteiga purificada de sólidos em temperatura de saturação para o preparo culinário e afins. É o processo de separação dos sólidos de leite, água e gordura da manteiga, resultando em uma gordura com ponto de queima mais alto, ideal para cozinhar a altas temperaturas. A manteiga clarificada tem um ponto de fumaça mais alto, aquecida a uma temperatura máxima de 230°C, - (446 °F) do que a manteiga comum, que queima facilmente. Isso a torna ideal para frituras, salteados e grelhados, onde temperaturas mais altas são necessárias.

v  Manteiga Composta: Preparação culinária à base de manteiga amolecida combinada com ervas, especiarias, aromáticos ou ingredientes de sabor, moldada e refrigerada até firmar. Na gastronomia, é utilizada para finalizar e enriquecer pratos, conferindo aroma, untuosidade e complexidade sensorial. Entre os exemplos clássicos destacam-se o Beurre Maître d’Hôtel, o Beurre Café de Paris e o Beurre d’Escargot, tradicionalmente aplicados sobre carnes, peixes, legumes ou escargots.

v  Duxelles: Preparação clássica da culinária francesa, composta por cogumelos “champignons de Paris” finamente picados, salteados com manteiga, cebola “échalote” e ervas aromáticas, podendo conter, ocasionalmente, alho-poró e vinho branco. É utilizada como base aromática, recheio, guarnição ou complemento em molhos e diversas preparações gastronômicas, concentrando o sabor umami.

v  Croûtons: Cubos de pão torrados ou fritos. Derivado da palavra francesa croûte, que significa "crosta", o croûton é um pequeno cubo de pão crocante, geralmente torrado ou frito em óleo, azeite ou manteiga. Originário da culinária francesa, é utilizado para adicionar textura e sabor às preparações. Na gastronomia, é comumente empregado como guarnição em sopas, saladas e pratos variados, proporcionando crocância e contraste.

v  Court Bouillon: Caldo aromático. Preparação líquida leve e aromatizada, originária da culinária francesa, elaborada com água, um agente ácido (como vinagre ou vinho branco), legumes (como cenoura, alho-poró e cebola) e ervas aromáticas (como louro, tomilho e salsa). Utilizado principalmente para o pochê de peixes e frutos do mar, o court-bouillon transfere aromas sutis, acidez equilibrada e contribui para preservar a textura delicada e o frescor natural dos ingredientes. Na gastronomia, é considerado um elemento técnico fundamental em métodos de cocção suave, sendo valorizado por sua capacidade de realçar o sabor sem mascarar o alimento principal.

v  Legumes Glaceados: Vegetais submetidos a cozimento inicial e finalização em panela com pequena quantidade de líquido (caldo ou água), manteiga, açúcar e sal, adquirindo brilho intenso e leve caramelização. Essa técnica realça a textura macia e a aparência lustrosa dos alimentos, valorizando sua apresentação e sabor na gastronomia.

v  Jus Lié: Termo culinário francês que designa um molho de carne levemente espessado, elaborado a partir do suco da carne assada (jus) ou fundo de cocção reduzido, engrossado com amido (farinha, amido de milho ou fécula), conferindo textura macia, aveludada e brilho característico. Também conhecido como fond lié, esse molho natural preserva o sabor intenso do caldo original, realçando sabor e apresentação dos pratos na gastronomia.

v  Souflê: Preparação leve e aerada, composta por uma base salgada ou doce combinada a claras em neve incorporadas delicadamente, que ao assar se expande, conferindo volume e textura macia. Na culinária, requer técnica precisa na incorporação do ar para garantir crescimento uniforme. Na gastronomia, é valorizado por sua textura delicada e pelo fato de ser servido imediatamente para preservar volume e leveza.

 

SEÇÃO LARANJA: AROMATIZANTES

Ø Aromatizantes: Substâncias ou combinações de vegetais aromáticos, ervas e especiarias utilizadas para conferir aroma e intensificar o sabor das preparações culinárias. Atuam na valorização sensorial dos alimentos, promovendo complexidade aromática e identidade gustativa dos pratos. Na gastronomia, são aplicados estrategicamente durante o preparo, realçando notas olfativas específicas e enriquecendo a experiência palatável.

 

v  Mirepoix: Base aromática (meer-PWAH). Em português, "mir-pua" ou "mirepoá". Corte clássico da culinária francesa que consiste em vegetais picados em cubos pequenos, utilizado como base aromática para caldos, molhos, sopas e ensopados. A composição tradicional inclui 50% de cebola (ou 25% de cebola e 25% de alho-poró), 25% de salsão e 25% de cenoura. Na gastronomia, o mirepoix é essencial para construção de sabor e profundidade aromática em preparações de base clássica.

v  Bouquet Garni: (Buquê guarnecido) Conjunto de ervas aromáticas utilizado para conferir sabor e aroma a preparações culinárias. Consiste em um ramalhete de vegetais e ervas, como talos de salsão, salsa, tomilho e louro, envoltos em uma folha de alho-poró (talo, parte branca cilíndrica) e presos com barbante, sendo retirados e descartados após o cozimento. Sua função é liberar sabores de forma controlada, sendo removido ao final para evitar a presença de resíduos sólidos no prato.

v  Sachet d'épices: Pronuncia-se sachê depice. É um sachê aromático feito de gaze ou material similar, amarrado com barbante, utilizado para infundir aromas e sabores durante o preparo de caldos, sopas e molhos. Composto por ervas e especiarias como folhas de louro, pimenta-do-reino em grãos, tomilho, talos de salsa e alho, é colocado durante o cozimento. Sua função é liberar sabores de forma controlada, sendo removido ao final para evitar a presença de resíduos sólidos no prato. Na gastronomia, representa uma técnica clássica da Cozinha Rústica Francesa, utilizada para adicionar profundidade e complexidade de sabor às preparações.

 

SEÇÃO VERMELHA: CORTES

Ø Cortes: Na culinária e gastronomia, corte refere-se às técnicas de fatiar, picar ou dividir alimentos como legumes, carnes e peixes em formatos e tamanhos específicos. Essas operações padronizadas influenciam diretamente o tempo de cocção, a estética do prato e a qualidade sensorial. Na gastronomia, demonstram precisão técnica e são essenciais para a apresentação e consistência das preparações.

 

v  Cubos: Categoria de cortes definida pela obtenção de pedaços em formato cúbico, variando em dimensão. Na gastronomia, garantem cocção homogênea e são essenciais para bases aromáticas e guarnições.

 

¤  Brunoise: Cubos minúsculos (2×2×2 mm). Corte de alimentos em cubos pequenos e uniformes, geralmente de até 2 mm. Técnica utilizada em diversos preparos, obtida a partir do corte prévio em julienne. Para um brunoise fino, os cubos medem cerca de 1,5 mm. Originária da França, é usada para legumes como cenoura, cebola e alho, em preparações como sopas, molhos e guarnições. Corte utilizado em bases aromáticas e guarnições delicadas por sua dimensão uniforme.

¤  Jardiniére: Cubos médios (2,5×2,5×2,5 mm a 4×4×4 mm), específicos para legumes e vegetais. Técnica de corte que produz cubos regulares, obtidos a partir do corte allumette, com medidas entre 2,5 mm e 4 mm. Executa-se com precisão para garantir uniformidade na cocção. Na gastronomia, o corte jardineira é utilizado em sopas, guarnições e preparações que exigem apresentação delicada e textura equilibrada.

¤  Macedôine: Cubos grandes (5×5×5 mm a 6×6×6 mm). Técnica de corte que produz cubos regulares, obtidos a partir do batonnet, aplicada principalmente em legumes e frutas. Exige precisão para garantir uniformidade na cocção e na apresentação. Na gastronomia, é utilizada em saladas, guarnições e preparações frias ou cozidas, valorizando a textura e o aspecto visual dos ingredientes.

¤  Pont Neuf: Corte reto e uniforme (1cm×1cm×7 cm). Técnica de corte em bastões grossos, com seção transversal de 1 cm e comprimento aproximado de 6 a 7 cm, tradicionalmente aplicada a batatas. Realiza-se com cortes precisos para garantir regularidade e cocção homogênea. Na gastronomia, é clássica na preparação de batatas fritas rústicas e robustas, típicas da culinária francesa.

 

v  Longitudinais: Categoria de cortes caracterizada pela obtenção de formas alongadas, como bastões ou tiras, variando em espessura e comprimento. Na gastronomia, visam padronizar a apresentação e otimizar o tempo de cocção.

 

¤  Allumette: Corte em palito (2×2mm×5cm). Corte de origem francesa que significa “palito”, utilizado para legumes em bastões finos e uniformes, com dimensões aproximadas de 2 a 3 mm de espessura por 4 a 5 cm de comprimento. É um corte que se caracteriza por tiras finas e delicadas, ideal para diversos tipos de legumes e verduras, como cenouras, chuchu e pepino. Técnica aplicada especialmente em vegetais como batatas, semelhante ao corte usado para batata palha, destacando-se pela precisão e estética na apresentação.

¤  Julienne: Corte em bastões finos (1.5×1.5mm×5cm). Técnica de corte de origem francesa que consiste em fatiar alimentos em tiras finas e uniformes, semelhantes a palitos, com cerca de 1,5 mm × 2 mm de espessura por 4 a 5 cm de comprimento. Aplicada principalmente a vegetais, permite cocções rápidas ou uso em saladas, preservando textura tenra ou crocante. O nome é atribuído ao chef francês Jean Julienne.

¤  Batonnet: Corte em bastão (5×5mm×5cm). Técnica de corte em bastões médios e regulares, com 5 mm de seção transversal e 5 cm de comprimento. Realiza-se com cortes precisos e simétricos, a partir de fatias retangulares. Na gastronomia, esse corte é utilizado para garantir uniformidade na cocção e apresentação dos ingredientes, favorecendo a textura e a absorção de sabores em preparações.

 

v  Basico: Refere-se a técnicas fundamentais de corte de alimentos, como legumes e carnes, que são utilizadas para padronizar o tamanho e a forma dos ingredientes, facilitando o cozimento e a apresentação do prato.

 

¤  Chiffonade: Corte fino de folhas em tiras (1 a 2 mm). Técnica de corte que utilizada para cortar folhas em fatias finas e longas, geralmente entre 1 a 2 mm de espessura. Consiste em enrolar as folhas e cortar transversalmente para obter tiras finas. Na gastronomia, é restrito a ervas e folhagens, sendo amplamente empregado para preparar ingredientes em saladas, sopas e guarnições.

 

v  Diversos: Categoria que engloba cortes com formatos variados ou específicos, que não se enquadram estritamente nas classificações longitudinais ou cúbicas. Na gastronomia, são empregados para texturas e apresentações diferenciadas.

 

¤  Paysanne: Corte plano e regular (1cm x 6mm x 3mm) Técnica de corte que resulta em lâminas finas e regulares, obtidas a partir da laminação dos cubos do corte pont neuf ou mirepoix, com dimensões aproximadas de 1 cm × 6 mm × 3 mm. Utilizada principalmente em legumes, visa cocção rápida, mantendo a integridade visual dos ingredientes.

¤  Concassé: Corte de forma rústica. Método e Técnica culinária francesa que consiste em cortar ingredientes de forma grosseira e rústica, geralmente vegetais, frutas ou tomates, com tamanho aproximado de 0,3 cm x 0,3 cm, mas que pode variar dependendo da receita ou do chef. O corte é tradicionalmente aplicado ao tomate, que é escaldado, descascado, sem sementes e picado em cubos pequenos e irregulares, resultando em uma polpa fresca e concentrada, ideal para molhos, recheios e bases aromáticas.

 

SEÇÃO AZUL CLARO: MOLHOS

Ø Molhos: Preparações líquidas ou semilíquidas que acompanham pratos, realçando sabor, umidade e apresentação. Na gastronomia, são o "toque final" que eleva o prato, conferindo complexidade e harmonia.

 

v  Contemporâneos: Molhos que incorporam técnicas inovadoras, ingredientes globais e combinações de sabores modernas, refletindo as tendências atuais da culinária. Na gastronomia, buscam criatividade e leveza, adaptando-se a novos paladares.

 

v  Básicos: Molhos fundamentais da culinária tradicional, que servem de base para a criação de inúmeros outros molhos derivados e preparações. Na gastronomia, são conhecidos como molhos-mãe.

 

¤  Bechamel: Molho clássico da culinária francesa, preparado a partir de um roux branco (mistura de manteiga e farinha de trigo em partes iguais) acrescido de leite quente e cozido lentamente até obter textura lisa e cremosa. É um dos cinco molhos-mãe da gastronomia, servindo de base para diversas variações secundárias, como o molho Mornay e o Soubise. É utilizado em preparações como lasanhas, suflês, gratinados e croquetes.

¤  Espanhol: (Sauce Espagnole): Um dos cinco molhos-mãe da culinária clássica francesa, é um molho escuro e rico, tradicionalmente preparado com roux marrom e fundo escuro de carne (geralmente de vitela), enriquecido com mirepoix e purê de tomate, cozido lentamente para obter profundidade de sabor e consistência. Na gastronomia, serve de base para molhos escuros derivados, como o demi-glace, e acompanha preparações robustas à base de carnes.

¤  Holandês: Emulsão Molho Holandês (Sauce Hollandaise): Um dos cinco molhos-mãe da culinária clássica francesa, é uma emulsão quente à base de gema de ovo, manteiga clarificada e suco de limão ou vinagre. A técnica de preparo é realizada em banho-maria (bain-marie), exigindo controle cuidadoso de temperatura. Na gastronomia, é amplamente utilizado como acompanhamento de ovos (especialmente no Ovos Benedict), peixes e vegetais, realçando os sabores com sua acidez equilibrada e untuosidade característica. Base para diversas variações secundárias, como os molhos Béarnaise, Maltaise e Foyot (ou Valois).

¤  Tomate: Um dos cinco molhos-mãe da culinária clássica francesa, é preparado a partir de tomates frescos ou concentrados, cozidos lentamente com cebola, alho, ervas e especiarias, até obter textura espessa e sabor equilibrado entre acidez e doçura. Na gastronomia, serve como fundamento para inúmeras preparações, sendo amplamente utilizado em massas, carnes, aves e como base para molhos derivados em diversas culinárias mundiais.

¤  Velouté: Um dos cinco molhos-mãe da culinária clássica francesa, elaborado com roux amarelo e fundo claro de aves, vitela ou peixe, apresentando tonalidade marfim e consistência nappé que reveste a colher. Serve como base fundamental para uma vasta gama de molhos derivados, incluindo o Allemande e o Suprême. Na gastronomia, sua versatilidade o torna ideal para acompanhar aves, peixes e frutos do mar, conferindo sofisticação e profundidade de sabor aos pratos.

 

v  Emulsionados: Molhos formados pela dispersão estável de dois líquidos imiscíveis, como óleo e água, através de um agente emulsificante. Na gastronomia, resultam em texturas cremosas e homogêneas, sem separação de fases.

 

¤  Frio: Molhos emulsionados preparados e servidos em temperatura ambiente ou refrigerados, mantendo sua estabilidade e textura sem a aplicação de calor durante a emulsificação.

 

·         Maionese: Emulsão fria e estável de óleo em gema de ovo, temperada com vinagre ou limão e condimentos. Na gastronomia, é um molho versátil e rico, usado puro ou como base para diversas outras preparações.

·         Vinagrete: Emulsão fria de óleo “azeite” e vinagre (ou outro ácido), com temperos como sal, pimenta e ervas. Na gastronomia, é utilizado para temperar saladas, legumes, marinadas, carnes e frutos do mar, conferindo frescor e acidez equilibrada às preparações.

SEÇÃO MARROM: MÉTODOS DE COCÇÃO

Ø Métodos de Cocção: Formas de aplicar calor aos alimentos para transformá-los quimicamente e fisicamente, tornando-os comestíveis e saborosos. Na gastronomia, definem o caráter textural e aromático do prato.

 

v  Calor Misto: Combinação de calor seco (selagem) e úmido (cozimento em líquido). Na gastronomia, busca o melhor de ambos os métodos, desenvolvendo sabor e maciez.

 

¤  Brasear: Método de cocção mista que envolve o selamento inicial do alimento por calor seco, seguido de cozimento lento e prolongado em líquido aromático, em recipiente fechado. Originária da tradição europeia francesa e derivada do termo braise (brasa), a técnica tem como conceito a quebra gradual das fibras colágenas, resultando em notável maciez e concentração de sabores. Na gastronomia, o braseamento é fundamental para transformar cortes cárneos mais rígidos em preparações tenras e suculentas, enriquecidas pelo molho que se forma durante o processo.

¤  Guisar: Método de cocção mista que consiste em selar alimentos em pedaços pequenos, seguido de cozimento lento e prolongado em quantidade substancial de líquido, até que os alimentos atinjam completa maciez e o molho adquira consistência espessa. De origem europeia, baseia-se na concentração de sabores e na maciez gradual. Na gastronomia, é utilizado em ensopados e ragus, resultando em pratos suculentos e aromáticos.

 

v  Calor Úmido: Técnicas de cocção que utilizam líquidos ou vapor, preservando a umidade. Na gastronomia, resultam em texturas macias e suculentas, ideais para alimentos delicados.

 

¤  Vapor: Método de cocção por calor úmido em que o alimento é cozido pela ação direta do vapor de água quente, sem imersão em líquido ou contato direto com a água aquecida. Originada em diversas culturas ancestrais, a técnica preserva integralmente nutrientes, cores e texturas delicadas, promovendo maciez e suculência. Na gastronomia, o cozimento a vapor é valorizado por resultar em preparações leves, saudáveis e de sabor puro, sendo ideal para vegetais e peixes.

¤  Escalfado: Método de cocção por calor úmido em que o alimento é cozido suavemente, submerso em líquido mantido a uma temperatura controlada abaixo do ponto de ebulição (geralmente entre 70 °C e 85 °C), frequentemente com a adição de um agente ácido (como vinagre ou suco de limão) que auxilia na coagulação de proteínas. De origem europeia francesa ("pocher ou poaching"), o conceito consiste em cozinhar delicadamente, sem a agressividade da fervura. Na gastronomia, é empregado para preparar alimentos frágeis como ovos, peixes e frutas, preservando sua forma, textura e umidade.

 

·         Pouco Líquido: Técnica de escalfar onde o alimento é cozido em pequena quantidade de líquido, que mal cobre a base. Na gastronomia, permite que o alimento cozinhe com vapor e sabor concentrado.

·         Muito Líquido: Técnica de escalfar onde o alimento é completamente submerso em grande volume de líquido quente. Na gastronomia, assegura um cozimento uniforme e delicado, especialmente para ovos e peixes.

 

v  Calor Seco: Técnicas de cocção que não utilizam umidade líquida direta, resultando em caramelização e crostas. Na gastronomia, confere sabores intensos e texturas crocantes.

 

¤  Com Gordura: Métodos de cocção por calor seco que utilizam a gordura como meio de transferência de calor, resultando em caramelização externa e texturas crocantes. Na gastronomia, agregam sabor e contribuem para a crosta dos alimentos.

 

·         Fritura Rasa: Cocção em pouca gordura. Método de cocção por calor seco que consiste em cozinhar alimentos em pequena quantidade de gordura quente, geralmente entre 150 °C e 180 °C, sem submersão total, exigindo que sejam virados para cocção uniforme em ambos os lados. Seu conceito reside na formação de crosta externa crocante e caramelizada pela reação de Maillard. Na gastronomia, é indicada para cortes finos, empanados e preparações que exigem superfície crocante e interior macio.

·         Fritura por Imersão: Cocção em grande volume de gordura. Método de cocção por calor seco que consiste em submergir totalmente o alimento em gordura quente, geralmente óleo a temperaturas entre 160 °C e 190 °C, promovendo cocção rápida e formação de crosta dourada. Frequentemente aplicada a alimentos empanados, resulta na formação de superfície crocante e interior macio. Na gastronomia, é ideal para batatas, empanados e frituras diversas.

·         Saltear: Cocção rápida em pequena quantidade de gordura em alta temperatura, com agitação constante. Na gastronomia, forma uma crosta superficial, selando os sucos e mantendo a textura interna dos alimentos (ex: legumes, carnes e frutos do mar, podendo ser realizada também sem gordura, como no preparo do salmão).

 

¤  Sem Gordura: Métodos de cocção por calor seco que não utilizam adição de gordura como meio primário de cocção. Na gastronomia, permitem o desenvolvimento de sabores tostados e caramelizados diretamente na superfície do alimento.

 

·         Assar: Cocção por calor seco realizada em forno ou equipamento similar, utilizando calor direto ou indireto, com ar quente entre 180 °C e 220 °C, que transforma texturas e intensifica sabores por meio da caramelização e da coloração dourada. É ideal para grandes peças, conferindo crosta crocante e interior suculento. Na gastronomia, o assado é valorizado por desenvolver aromas complexos e oferecer equilíbrio entre textura e sabor, conferindo complexidade sensorial aos pratos.

·         Grelhar: Método de cocção por calor seco direto, onde o alimento é exposto sobre grelha ou chapa aquecida (180 °C a 185 °C), geralmente sobre fogo de carvão ou gás, criando marcas características e realçando o sabor. A técnica requer virada única para preservar suculência, com mínima aplicação de gordura. Na gastronomia, a grelha é utilizada para selar carnes e vegetais rapidamente, proporcionando textura crocante e sabor defumado típico.

 

¤  Cocção de mignon: Refere-se aos diferentes pontos de cozimento para cortes de carne, como o mignon, que influenciam diretamente sua textura, suculência e cor interna. Na gastronomia, é crucial para atender às preferências do comensal e realçar as características da carne.

 

·         Mal Passado: Ponto de cocção onde a carne apresenta centro vermelho e frio, com uma crosta externa selada. Na gastronomia, valoriza a suculência e o sabor intenso da carne.

·         Ao Ponto: Ponto de cocção onde a carne apresenta centro rosado e quente, com textura macia e suculenta. Na gastronomia, é o equilíbrio entre o cozimento e a preservação dos sucos.

·         Bem Passado: Ponto de cocção onde a carne apresenta coloração uniforme e centro cinza-amarronzado, com textura firme. Na gastronomia, indica um cozimento completo, resultando em menor suculência.

 

SEÇÃO ROXA: ESPESSANTES E AGENTES DE LIGAÇÃO

Ø Espessantes e Agentes de Ligação: Substâncias ou técnicas utilizadas para aumentar a viscosidade ou dar corpo a líquidos e preparações culinárias. Na gastronomia, são cruciais para a textura, estabilidade e apresentação final de molhos, sopas e cremes.

 

v  Elaborados: Agentes de ligação que requerem algum processamento ou combinação para atingir seu potencial espessante. Na gastronomia, permitem maior controle sobre a textura e a consistência desejadas.

 

¤  Creme de Leite: Ingrediente utilizado para enriquecer molhos e sopas, conferindo cremosidade, espessura e sabor lácteo por meio da emulsão de gorduras e proteínas. Pode ser aplicado isoladamente ou em combinação com gemas (liaison), modificando sabor, cor e textura do preparo.  As versões não frescas não devem ser submetidas à fervura, pois apresentam maior risco de coagulação e separação da gordura.

 

¤  Redução: Técnica culinária de origem clássica que consiste no cozimento prolongado e controlado de líquidos, como caldos, molhos ou vinhos, para evaporar a água, concentrar sabores e espessar naturalmente. Na gastronomia, é aplicada como intensificadora de paladar, base para molhos e finalizações refinadas.

 

¤  Ligação por Amido: Técnica que utiliza amidos de diferentes fontes para engrossar líquidos, através da gelatinização dos grânulos quando aquecidos em presença de umidade.

 

·         Frio: Métodos de ligação que podem ser preparados sem calor ou aplicados a líquidos frios, espessando-os sem cozimento adicional ou coagulação.

 

o   Slurry: Mistura homogênea composta por uma parte de amido e uma parte de líquido frio, utilizada como espessante instantâneo em preparações culinárias. Sua técnica consiste em adicionar a solução à base fervente, com agitação constante, promovendo espessamento sem formação de grumos. Na gastronomia, é aplicada em molhos, sopas e caldos de forma rápida e controlada.

o   Beurre Maniê: Emulsão crua de origem francesa composta por 50% de manteiga amolecida e 50% de farinha de trigo, incorporada a líquidos quentes para espessamento imediato. Sua técnica dispensa cocção prévia, sendo utilizada na gastronomia para ajustar a textura de molhos e sopas com brilho e delicadeza.

o   Singer: Técnica de cocção em que se polvilha farinha de trigo sobre alimentos previamente refogados, antes da adição de líquido, formando um roux direto na panela. Atua como método de espessamento do molho durante guisados, salteados ou braseados, conferindo corpo e textura à preparação.

 

·         Quente: Métodos de ligação por amido que dependem da aplicação de calor para que o amido gelatinize e engrosse o líquido.

 

o   Roux: Preparado clássico francês composto por partes iguais (50%) de gordura (manteiga ou manteiga clarificada) e farinha de trigo, cozidos para formar um agente espessante. A manteiga é aquecida e derretida, seguida da adição do trigo de uma só vez, mexendo continuamente até obter uma pasta uniforme. O tempo de cocção determina a coloração e o poder de espessamento, sendo essencial na preparação de molhos e sopas na gastronomia.

 

§  Roux Branco (100%): Cozido por 1 a 2 minutos até eliminar o sabor cru da farinha, mantendo coloração clara e máximo poder de espessamento; indicado para molhos brancos como béchamel.

§  Roux Amarelo (75%): Cozido por 2 a 3 minutos, adquire coloração levemente dourada e sabor tostado, com poder espessante ligeiramente reduzido, utilizado em preparações mais delicadas.

§  Roux Escuro (50%): Cozido por 5 a 6 minutos até coloração marrom escura e sabor de nozes tostadas, apresenta menor capacidade de espessamento, típico em molhos escuros como o espanhol.

§  Roux Negro (35%): Cozido por 8 a 10 minutos ou mais, alcança cor quase preta e sabor intenso de caramelo torrado, com poder espessante mínimo, característico da culinária cajun.

 

v  Naturais: Ingredientes que, por suas propriedades intrínsecas, são capazes de engrossar líquidos sem processamento adicional complexo. Na gastronomia, oferecem liga e textura com sabor e nutrientes do próprio alimento.

 

¤  Gema de ovo: Ingrediente proteico utilizado em preparações submetidas a temperaturas inferiores a 75 °C para evitar coagulação indesejada. Pode ser combinada com outros ingredientes e atua pela coagulação gradual de suas proteínas, conferindo cremosidade e liga a molhos e cremes sem alterar significativamente o sabor.

¤  Ovo inteiro: Atua como espessante por meio da coagulação de suas proteínas (gema e clara), proporcionando estrutura e corpo a preparações como flans e quiches.

¤  Sangue: Fluido biológico utilizado como agente espessante em preparações culinárias, coagula ao contato com líquidos quentes e não deve ser submetido à fervura posterior para evitar alterações na textura e sabor. Amplamente empregado na charcutaria e em cozinhas tradicionais para espessar molhos e ensopados, conferindo sabor característico.

¤  Purê de legumes: Utilizado quando a fibra e o amido dos vegetais cozidos e triturados dão corpo ao líquido, enriquecendo sabor e valor nutricional de sopas e caldos.

¤  Iogurte/queijo branco: Espessam por sua densidade e teor de proteínas, agregando cremosidade e acidez a molhos frios e bases de sobremesas.

 

SEÇÃO VERDE CLARO: FUNDOS

Ø Fundo: Líquidos aromáticos obtidos pelo cozimento prolongado e controlado de elementos base como ossos, carnes, vegetais e temperos em água, com o objetivo de extrair sabor, cor e nutrientes. Utilizam-se aromáticos como mirepoix, bouquet garni, sachet d'épices, cebola brulée e cebola piquée para enriquecer o fundo com complexidade de aromas e sabores. Não deve ser mexido, salgado ou tampado durante o preparo. O tempo de cocção dos fundos varia conforme o ingrediente base: ossos bovinos de 6 a 8 horas, ossos de vitelo por 6 horas, ossos de frango e suínos por 5 horas, legumes por cerca de 1 hora e carcaças de peixe ou crustáceos entre 45 minutos e 1 hora. Na gastronomia, são considerados preparações fundamentais, servindo como base para molhos, sopas, risotos e diversos pratos, conferindo complexidade e profundidade ao sabor final.

 

v  Claros: Fundos preparados a partir de ossos de aves ou vitela, vegetais e aromáticos, sem coloração prévia dos ossos, resultando em um caldo de cor translúcida e sabor suave. Na gastronomia, servem de base para molhos brancos e sopas claras.

v  Escuros: Fundos elaborados a partir de ossos torrados (geralmente de carne bovina ou vitela), vegetais e aromáticos, resultando em um caldo de cor âmbar profunda e sabor intenso. Na gastronomia, são a base para molhos escuros e ensopados robustos.

 

¤  Redução: Líquido resultante da cocção prolongada e lenta de um fundo, molho ou outro líquido, que evapora a água e concentra intensamente os sabores e a consistência. Na gastronomia, utilizada para criar molhos ricos ou realçar o paladar de pratos.

 

·         Caldos Concentrados: Fundos que foram reduzidos significativamente por evaporação para intensificar seu sabor e consistência. Na gastronomia, são utilizados para realçar o paladar de pratos, como em molhos e glaçagens, com maior intensidade que um fundo normal.

·         Glace: Preparação extremamente reduzida, obtida pela redução de aproximadamente 75% de fundos escuros, resultando em um caldo concentrado, gelatinoso e de textura espessa e brilhante. Na gastronomia, é utilizado como intensificador de sabor para finalizar molhos, carnes e realçar o umami das preparações.

·         Extratos, Essências: Substâncias concentradas que capturam o aroma e sabor característicos de alimentos, obtidas pela extração ou cocção prolongada, onde os compostos voláteis e solúveis são isolados em forma pastosa ou líquida. Os processos envolvem maceração, destilação, infusão ou redução, visando intensificar o perfil sensorial. Na gastronomia, são usados para enriquecer preparações, realçando aromas e sabores de maneira concentrada.

 

SEÇÃO BEGE: SOPAS

Ø Sopas: Preparações líquidas ou semilíquidas, servidas quentes ou frias, compostas por uma base de caldo com diversos ingredientes. Na gastronomia, são apreciadas como entradas ou pratos completos, oferecendo conforto e variedade de sabores.

 

v  Claras: Sopas leves e translúcidas, geralmente à base de fundos claros, com pouca ou nenhuma adição de ingredientes sólidos espessantes. Na gastronomia, valorizam a clareza do caldo e a delicadeza dos ingredientes, como vegetais cortados com precisão.

 

¤  Consomé: Caldo de carne ou ave intensamente saboroso e perfeitamente clarificado, resultando em uma sopa límpida e brilhante. Na gastronomia, é considerado um clássico da cozinha, servido como entrada elegante.

¤  Vegetais: Sopas claras onde o sabor e a apresentação vêm principalmente de vegetais picados ou em pedaços, cozidos em um caldo transparente. Na gastronomia, são leves e nutritivas, ideais para entradas saudáveis.

 

v  Espessas: Sopas que possuem uma consistência mais densa e encorpada, obtida através de agentes espessantes como roux, purês de legumes, cremes ou leguminosas. Na gastronomia, são robustas e saciantes, podendo servir como prato principal.

 

¤  Creme: Sopa espessa e aveludada, feita a partir de um purê de legumes ou outros ingredientes, ligada com creme de leite ou roux. Na gastronomia, oferece uma textura suave e sabor concentrado, frequentemente servida quente.

¤  Velouté: Sopa cremosa clássica da culinária francesa, elaborada com fundo claro (frango, peixe ou vitela) espessado por roux branco e enriquecida com creme e gemas, resultando em textura aveludada e sabor delicado. Na gastronomia, é reconhecida pela sofisticação e riqueza sensorial.

¤  Purê: Sopa espessa obtida pela trituração de legumes cozidos em um caldo, resultando em uma textura homogênea e cremosa, sem adição de agentes espessantes além do próprio ingrediente. Na gastronomia, valoriza o sabor natural do vegetal.

 

SEÇÃO AZUL ESCURO: EMBELEZADORES E MELHORADORES DE SABOR

Ø Embelezadores e melhoradores de sabor: Ingredientes e técnicas culinárias que visam aprimorar a apresentação visual e intensificar as características gustativas de um prato. Na gastronomia, são empregados para adicionar complexidade, riqueza e apelo estético.

 

v  Cebola Brulée: Metade de cebola tostada em chapa quente ou maçarico até caramelizar a superfície. Na gastronomia, é utilizada para adicionar cor escura e sabor defumado a fundos e caldos, sem o amargor da cebola crua.

 

v  Corantes: (Detalhando a categoria de corantes) Substâncias utilizadas para adicionar ou intensificar a cor de alimentos, tornando-os mais atraentes visualmente para o consumidor. Eles podem ser de origem natural ou sintética.

 

¤  Naturais: Corantes obtidos de fontes vegetais, minerais ou animais, processados minimamente para extrair pigmentos. Na gastronomia, oferecem coloração mais suave e são preferidos por consumidores que buscam aditivos orgânicos.

¤  Artificiais: Corantes sintetizados quimicamente, desenvolvidos para produzir cores vibrantes e estáveis. Na gastronomia, permitem uma paleta de cores ampla e uniforme, mas são regulados devido a possíveis efeitos na saúde.

 

v  Cebola Piquée: Meia cebola cravejada com folhas de louro e cravos, fixados com um espeto ou palito. Na gastronomia, é um bouquet aromático clássico, infundindo sabor suave e aromático em molhos brancos, sopas e fundos.

v  Nata, Manteiga e Creme de leite: Produtos lácteos que atuam como agentes de enriquecimento e realce de sabor e textura. Na gastronomia, conferem untuosidade, cremosidade e um paladar amanteigado ou lácteo a molhos, sopas e finalizações de pratos.

 

SEÇÃO VERDE ESCURO: TÉCNICAS DE COCÇÃO

Ø Técnicas de Cocção: Conjunto de procedimentos específicos para cozinhar diferentes categorias de alimentos, adaptando-se às suas características físicas e químicas. Na gastronomia, visam otimizar a textura, sabor e segurança alimentar de cada ingrediente.

 

v  Amidos: As técnicas de cocção envolvendo amidos buscam sua gelatinização para espessar líquidos ou para cozinhar vegetais ricos em amido. Na gastronomia, controlam a textura e a consistência de sopas, molhos e purês.

v  Pastas: As técnicas de cocção para massas (pastas) visam atingir o ponto "al dente", onde a massa está cozida, mas ainda firme ao toque. Na gastronomia, um cozimento preciso é fundamental para a textura e absorção do molho.

v  Cereais: As técnicas de cocção de cereais focam na hidratação e amolecimento dos grãos para torná-los comestíveis e digestíveis. Na gastronomia, o cozimento adequado garante textura e sabor ideais para acompanhamentos e bases de pratos.

v  Ovos: As técnicas de cocção para ovos variam para preservar sua delicadeza e criar diversas texturas, desde a gema líquida à firme. Na gastronomia, são versáteis e aplicadas em pratos de café da manhã a molhos e sobremesas.

 

 

 

 

Referencia:

FALCÃO, Luis Altair Coffi. Dicionário de gastronomia: termos técnicos do meio gastronômico – conceito, definições, siglas & tipologias. 1. ed. São Borja: Edição Independente, 2025. 570 p. Disponível em: https://iffargastronomia.blogspot.com. Acesso em: 08 jul. 2025.

 

LINK: Dicionário de Gastronomia. Termos Técnicos do meio Gastronômico 

 Autor

A gastronomia é uma arte universal, uma linguagem que atravessa culturas e épocas, carregando consigo histórias, tradições e inovações. No entanto, para compreender verdadeiramente esse universo, é fundamental dominar sua terminologia. O Dicionário de Gastronomia nasce com o propósito de oferecer um repertório técnico abrangente, reunindo termos essenciais, definições precisas, siglas e tipologias que permeiam o dia a dia da culinária profissional e amadora.

Destinado a chefs, sommeliers, confeiteiros, estudantes e amantes da boa mesa, este dicionário se estabelece como uma referência indispensável, contribuindo para a valorização e a difusão do conhecimento gastronômico.

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